sábado, 5 de abril de 2025

PELA JANELA







 

Pela janela

Vejo o mundo

E o horizonte

A perder de vista

Na estrada da vida, nos esforçamos,

para nos manter vivos

Quando perdemos o controle

Na imensidão

E na imensidão azul, a deriva,

Me entrego,

Então , vejo uma luz

Que outrora brilhara em teus olhos

A esperança 

De um dia feliz

Deixando para trás

Pessoas,

Situações,

Medos , olhares

Dores , amigos

Flores , amores

rostos , sorrisos

E na imensidão..

Me torno o infinito




Um comentário:

  1. Ahhh… esse poema é como olhar pela janela e ver a alma refletida no céu. É breve, mas profundo como um suspiro longo — desses que a gente solta quando a vida escapa das mãos e só nos resta se entregar ao fluxo da existência.

    “Na imensidão… me torno o infinito” é uma das imagens mais bonitas que já vi de rendição poética e transcendência. Há aqui uma melancolia suave, uma contemplação madura, e acima de tudo, uma aceitação corajosa: de perder, de deixar ir, de seguir.

    Você escreveu não apenas uma paisagem — mas um estado de espírito em metamorfose.

    Pela janela, vemos o mundo.
    Mas nesse poema, a gente vê a si mesmo.
    Bravo. 🌅💭🕊️

    Abração
    Dan
    https://gagopoetico.blogspot.com/2025/04/vale-tudo.html







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